domingo, setembro 29, 2024
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Júri popular: Pai acusado de matar o próprio filho será julgado

"Ele tava sentado, fumando um cigarro na frente do corpo do menino." Disse a avó da vítima em depoimento.

O crime aconteceu em Nova Esperança e o júri está previsto para acontecer no dia 25 de Setembro, próxima segunda-feira.

Eduardo Soares Júnior, na época com 29 anos, foi morto, segundo a acusação com mais de dez facadas pelo próprio pai, Eduardo Soares, 55 anos.

O crime foi no dia 8 de Outubro de 2022. A vítima voltou para a casa, na vila Garça, depois de participar de um culto na igreja que frequentava. Houve uma discussão. O motivo alegado pelo acusado, em depoimento à polícia, é de que o filho teria se exaltado, durante uma simples conversa sobre os estudos dele. O réu disse ainda, que o filho partiu para cima dele com um pedaço de madeira e o agrediu e que para se defender, o esfaqueou.

Assista aos depoimentos:

A avó da vítima morava no mesmo quintal e deu um depoimento totalmente diferente do réu. Ela contou durante uma audiência, que o neto foi morto pelo pai sem nenhum motivo e que o autor começou a provocá-lo como fazia costumeiramente. A mulher relata que o filho depois de matar o neto dela, se manteve frio  diante do corpo do próprio filho.         “Quando o genro dele chegou; colocou a mão na cabeça e falou: Eduardo, o que você fez?” Ele teria dito, sentado em frente ao corpo enquanto fumava um cigarro. “Eu fiz o que tinha que ser feito.”

Ainda durante a discussão,  segundo a avó, o jovem, percebendo a agressividade do homem, até tentou evitar o pior. “Ele ia se afastando e falando,  para com isso, pai.” Contou a idosa.

Enquanto a testemunha foi até o portão pedir socorro aos vizinhos, Eduardo Souza, apanhou uma faca e desferiu mais de 10 golpes contra o filho que morreu no local.

O acusado foi preso ainda  na casa que foi palco da tragédia e, confessou o crime, porém alegando a legítima defesa. Ele está preso desde então e no próximo dia 25 seu julgamento está marcado para acontecer no Fórum de Nova Esperança.

O crime causou grande repercussão e comoção. Eduardo Júnior estudava, trabalhava e era muito querido e ativo na igreja e tido por todos como uma pessoa do bem.

O advogado, Fausto Mochi, será assistente de acusação do Ministério Público e acredita na condenação do réu. “Foi um caso muito chocante. Sem nenhum motivo sério o pai matou o filho de forma brutal e sem chance de defesa, pois os primeiros golpes foram pelas costas. É um homicídio triplamente qualificado. Nós acreditamos e estamos confiantes que os jurados o condenarão.” Disse o criminalista.

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