O caso teve início em janeiro deste ano, em Marialva, noroeste do Paraná, quando o agricultor Edmar Rodrigues foi dado como desaparecido. A ocorrência foi registrada, e a polícia passou a investigar o sumiço. Durante as apurações, os investigadores levantaram a suspeita de que Edmar poderia ter sido assassinado. Entre os suspeitos estava a esposa dele, Fátima da Silva. Além dela, um casal também teria participação no crime.
No início de março, os três suspeitos foram presos temporariamente: Fátima, o vizinho Wagner Juliano Calixto e a esposa dele. Na ocasião, nenhum dos envolvidos confessou o crime. Já em abril, Wagner prestou um novo depoimento e admitiu participação na morte de Edmar.
Ele contou ao delegado que uma emboscada foi armada para matar a vítima. Segundo seu relato, Fátima o procurou para executar o marido, pois o casal estava em processo de separação e Edmar teria pedido para que ela deixasse a casa. O plano consistia em atrair Edmar até uma propriedade na estrada Santa Fé, sob o pretexto de buscar lavagem para alimentar os porcos. Enquanto isso, Wagner iria até a casa do casal buscar a arma do crime — um revólver calibre 38 — e, em seguida, estacionaria o carro em um ponto estratégico, simulando um defeito.
Quando Edmar e Fátima passaram pelo local, Edmar desceu para ajudar o vizinho e, nesse momento, foi alvejado com dois tiros.
Ainda segundo Wagner, o corpo foi enterrado em uma cova rasa nas proximidades. Recentemente, roupas de Edmar foram encontradas no local, com o apoio de um cão farejador. Com o passar dos dias, temendo ser descoberta após ser intimada a prestar depoimento, Fátima teria desenterrado o corpo, colocado em um tambor e jogado em um rio da região. Wagner afirmou não ter participado dessa segunda ocultação e alegou que Fátima teria agido sozinha ou com a ajuda de outra pessoa, cuja identidade ele desconhece.

O suspeito também declarou que aceitou participar do crime por acreditar que Edmar teria estuprado sua esposa. A companheira de Wagner foi colocada em liberdade, já que, neste momento, a polícia não vê envolvimento direto dela no caso. Fátima e Wagner seguem presos preventivamente, pois a Justiça entendeu que a liberdade deles poderia atrapalhar as investigações.
O delegado de Marialva, Aldair Oliveira, continua os trabalhos para localizar o corpo do agricultor.
As prisões preventivas foram expedidas com base nos depoimentos, mesmo sem a localização do corpo de Edmar e sem confissão por parte de Fátima, que continua negando envolvimento no crime.
